quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Entrevistas SWCP: Erik Avari

O ator americano de origem indiana Erick Avari,é uma presença habitual em filmes, series televisivas e teatro: Stargate,A Múmia, Dia da independência, Planeta dos macacos, entre outros.
SWCP: Tendo já interpretado inúmeros papéis em filmes e séries de ficção científica, porque é que ainda não tivemos o prazer de o ver envolvido num projecto relacionado com Star Wars?
E.A: Eu teria adorado ter sido convidado a participar na franquia Star Wars, mas muito simplesmente, nunca fui abordado.
SWCP: Na sua brilhante e vasta carreira, tem interpretado mais papéis de Doutor do que qualquer outra profissão. É uma vocação ou simplesmente tem acontecido? 

E.A: Talvez a resposta mais simples por ter interpretado professores, médicos e sacerdotes é porque eu sou careca. Mas numa nota mais séria, é engraçado como as coisas parecem funcionar em Hollywood. Tendo treinado como um ator clássico desde tenra idade, comecei a minha carreira em NYC no palco e nunca sonhei ir para Hollywood. Na verdade, eu gozava com frequência com tudo o que tivesse a ver com Hollywood e Los Angeles, até que um querido amigo que residia em Los Angeles ficou tão revoltado com a minha atitude condescendente em relação a todas as coisas relacionadas com Hollywood que me convidou a visitar Los Angeles, antes de eu ter algo mais a dizer sobre o assunto. Decidi tirar duas semanas de férias da minha agenda de teatro em Nova York, e para tornar a história longa de mais, acabei por fazer um pequeno papel como médico, na série televisiva `L.A LAW´. Trabalhei um dia na série e pagaram-me tanto por esse trabalho quanto todo um salário (de 2 meses) que trabalhei na Off-Broadway. Isso foi há 24 anos.
SWCP: Está a trabalhar numa nova série para a FOX intitulada `Hieroglyph´.Pode falar-nos um pouco sobre ela?
E.A: Eis outro jogo cruel de Hollywood que tem uma forma de brincar consigo, quando você acha que está numa intensa actividade e onda de sucesso. Os Estúdios Fox tinham luz verde para esta maravilhosa, inovadora e intrigante série. ‘Hieróglifo´ é uma inédita série de 13 episódios, que iria ser lançada e eu estava incrivelmente animado e honrado em estar incluído no elenco. Nós filmamos o episódio piloto no Novo México nos Estídios Breaking Bad e as coisas não poderiam ter sido melhores. Foi uma equipa extremamente criativa e talentosa de escritores a serem dirigidos pelo Miguel Sapochnik e pelo Travis Beacham com um elenco brilhante. Como dizem, todas as coisas boas chegam a um eventual fim, só que este final surgiu muito mais cedo do que o esperado e o autoclismo foi puxado na série mesmo antes de ter sido lançado um único episódio. Então agora fica para os livros da história, mas podem ver-me na série da HBO `The Brink´ que será exibida no próximo ano (2015).  

SWCP: Recorda-se do seu primeiro papel em Hollywood?
E.A: Embora não estivesse baseado em Hollywood nessa época, tive o privilégio de interpretar um maravilhoso papel, no filme de anti guerra `A besta da guerra´. Infelizmente para o elenco e equipa, o filme falhou, vítima de uma política de estúdios e mudança de regime não tendo sido promovido nem ter tido um lançamento mundial, apesar dos inúmeros elogios e alta aclamação, o filme foi descrito como um dos mais significativos anti-filmes de guerra da época.
SWCP: Sendo de origem indiana, nunca pensou em trabalhar na indústria cinematográfica da India, em Bollywood por exemplo? 
E.A: O meu primeiro trabalho profissional foi creditado para um filme de Bengali `Kanchenjunga´, dirigido pelo  famoso realizador Satyajit Rey,as minhas aspirações como um jovem rapaz estavam sempre em direção aos palcos da Broadway  e Bollywood nunca foi considerado como uma opção para as minhas esperanças e desejos. A progressão natural no meu processo de pensamento era continuar nessa ideia e ter emigrado para os EUA.A Broadway sempre foi o meu objetivo final e após mais de uma década, com um pouco de 

 sorte e muita dedicação, construí um currículo relativamente saudável e mais importante, recebi uma inestimável formação nessa área ao longo dos tempos. Tive a sorte suficiente de ter atuado em alguns dos mais prestigiados teatros de Nova York, bem como noutros  dos EUA  sob a tutela de alguns dos melhores e mais brilhantes diretores de todos os tempos. Nos finais de 1989,decidi tirar umas férias muito atrasadas.
SWCP: Que mensagem gostaria de enviar aos seus fãs?
E.A: Sempre fui atraído por ficção científica devido a uma infinidade de razões. A minha formação clássica como ator conduziu a si própria o que era/é exigido a um ator do género. Era um género que incentivava à diversidade. Como em Shakespeare, a cor da sua pele não era tão importante quanto a capacidade de lidar com a língua ou qualquer uma das outras exigências dessa função. Por razões óbvias, isso atraiu-me à ficção científica logo de caras. Sendo eu profundamente contra a propaganda e a violência em filmes, achei que neste género de filmes existe um valor de fundo moral e intelectual. Eu acredito que os fãs devem ser espertos e intelectualmente mais curiosos do que qualquer outro género de filmes e estou profundamente grato a eles. Eu sempre gostei de falar com eles e conhecê-los a nível pessoal já que estou sempre envolvido num nível que está além do normal.





 

ENGLISH VERSION:

Erik Avari is an Indian-American actor best known for his roles in many Television shows, films and Theater such as: Stargate, The Mummy, Independence Day, Planet of the Apes, among many others.
SWCP: Having already played numerous roles in science-fiction films and shows, why haven´t we had the pleasure to see you involved on projects related to Star Wars? 

E.A: I would have loved to have been asked to participate in the Star Wars franchise but quite simply, I was not approached.
SWCP: In your bright and extensive career as an actor, you have played more roles as a doctor than any other profession. It’s a calling for this kind of role or simply has happened?
SWCP: Perhaps the simplest answer is I have played professors, doctors and priests are because I'm bald. But on a more serious note, it’s funny how things seem to work out in Hollywood. Having trained as a classical actor from an early age I began my career in NYC on stage and never dreamed of coming to Hollywood. In fact I often scoffed at anything to do with Hollywood and Los Angeles until a dear friend and Los Angeles resident got so sick of my  

condescending attitude toward all things Hollywood invited me to visit L.A land before I had anything further to say on the matter. I decided on a two week vacation from my theater schedule in New York and to make a long story longer, I ended up booking a small part on the TV series LA Law as a Doctor. I worked one day on the show and was paid as much as an entire run (2 months) on the Off Broadway play I had just completed. That was 24 years ago.
SWCP: You´re currently working on a new series for Fox called `Hieroglyph’. Could you tell us a bit more about this show?
E.A: Here´s another cruel game Hollywood has a way of playing on you just when you think you are on a roll. Fox studios had green lit the wonderfully innovative and intriguing series, Hieroglyph in an unprecedented 13 episodes going to air and I was incredibly excited and honored to be included in the cast. We shot the pilot episode in New Mexico on the Breaking Bad studios and things could not have been better. It was an extremely talented creative team of writers being helmed by Miguel Sapochnik and Travis Beacham with a brilliant cast. As they say, all good things must come to an eventual end except this end cam a lot sooner than expected and the plug was pulled on the show before even airing a single episode. So that is now in the history books but do look for me on the HBO series The Brink to be aired next year (2015). 

SWCP: Do you remember of your first role in Hollywood?
E.A: Although I was not based in Hollywood at the time, I was privileged to play a wonderful role in the anti war film, The Beast of War. Unfortunately for the cast and crew the film fell prey to a regime change and studio politics and was not promoted or even given a worldwide release despite the numerous compliments and high acclaim the film has garnered as one of the most significant anti war films of the era.
SWCP: Being of Indian origin, never thought about working in the Indian film industry, such Bollywood, for example?
E.A: My very first professional job was credited to a Bengali film Kanchenjunga, directed by the famed Satyajit Rey, my aspirations as a young boy were always toward the Broadway stage and never considered Bollywood as an option to my hopes and desires. The natural progression in my thought process was to continue in that vein one I was able to immigrate to the US. Broadway was always my end goal and after more than a decade, with some luck and a lot of dedication, I built a relatively healthy resume and more  


importantly, received invaluable on the job training along the way. I was fortunate enough to have performed at some of the most prestigious theaters in NYC as well as theaters across the US under the tutelage of some of the brightest and best Directors of the time. It was late 1989 that I decided to take a long overdue vacation.
SWCP: What message would you like to send for your fans?
E.A: I have always been attracted to Science fiction for a myriad of reasons. My classical training as an actor lent itself to what was/is demanded of an actor in the genre. It was a genre that encouraged diversity in casting. As in Shakespeare, the color of one's skin was not as important as the ability to handle the language or any of the other demands of the role. For obvious reasons this attracted me to Science fiction right off the bat. Being one that is deeply opposed to propaganda and violence in films I found in the genre to have a deep moral and intellectual value. I believe the fans to be smarter and intellectually more curious than any other genre and I am deeply appreciative of them. I always enjoy speaking to them and getting to know them on a personal level as I am always engaged on a level that is well beyond the norm. 

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