quinta-feira, 28 de março de 2013

Entrevistas SWCP: Benton Jew



O americano de origem asiática Benton Jew,é um ilustrador e artista de BD tendo trabalhado para a ILM durante 13 anos como diretor de arte em efeitos visuais em vários filmes.

SWCP: Trabalhou para a ILM fazendo arte para vários filmes. Pode falar-nos sobre o seu trabalho no episódio I de Star Wars?

B.J: Foi uma experiência incrível. O falatório e a antecipação dos novos filmes de Star Wars foram enormes nessa altura. Eu tinha estado à espera disto desde que criança. Quando o Doug Chiang me pediu para trabalhar em S.W:A Ameaça Fantasma, eu sabia que seria diferente do que o que costumava fazer na ILM. Eu teria de ajudar a fazer a storyboard do filme INTEIRO, e não apenas os efeitos visuais. Foi uma emoção para mim não só porque foi a realização um sonho de infância: Além de poder trabalhar num filme de Star Wars, mas também porque eu ia agora ser capaz de trabalhar em cenas de luta, ou cenas dramáticas, e outras coisas que não fazia normalmente na ILM. Assim eu fiquei feliz por a ILM se ter disposto 'a emprestar-me' ao JAK na Lucasfilms para trabalhar na pré-produção de Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma.

Ao contrário de outros filmes em que eu tinha trabalhado, ninguém na equipa de arte tinha acesso a uma cópia do argumento. O George lia-nos algumas páginas por semana e nós geraríamos as storyboards pelas nossas notas. Afixávamos as storyboards para o George as rever e posteriormente as refinaríamos baseados nos seus comentários. Gerámos toneladas de storyboards.Em algumas sequências fizemos várias interações. Fiquei realmente agradado com uma das sequências em que trabalhei e que seria o duelo final entre o Darth Maul e os Jedi. Sendo um grande fã de filmes de artes marciais de Hong Kong, fiquei muito feliz por saber que as lutas se basearam nesta direção mais rápida e mais extravagante. Trabalhar no duelo entre o Maul e os Jedi foi muito divertido para mim. E foi também uma possibilidade de trabalhar diretamente com o George. Foi fabuloso ver como um projeto desta magnitude foi juntado. Trabalhei com alguns dos melhores artistas do ramo que fizeram alguns dos seus melhores trabalhos.

SWCP: Que ferramenta de trabalho usa?

B.J: Quando trabalhei no Episódio I usei apenas um lápis HB simples e o papel para fazer as storyboards. Às vezes ainda uso materiais tradicionais, mas na maioria, desenho digitalmente no meu Cintiq. Uso o Manga Estúdio ou o Photoshop, principalmente.

SWCP: Quais foram as maiores influências na sua arte?

B.J: Bem, crescendo com Star Wars, naturalmente o Ralph McQuarrie e o Joe Johnston foram as grandes influências. As minhas influências principais foram os livros de BD, que foi o meu primeiro amor. Fui um grande fã do Alex Toth, John Buscema, Neal Adams, Gene Colan, Joe Kubert. Fui também um grande fã das grandes tiras de jornal feitas por artistas como o Alex Raymond, Frank Robbins, Milton Caniff, Stan Drake, Leonard Starr. Sou também muito influenciado pelos grandes ilustradores, em particular durante 'a Idade de Ouro da Ilustração' como Robert Fawcett, Albert Dorne, J.C. Leyendecker, Norman Rockwell e Noel Sickles.

Também gosto muito de alguns grandes artistas de BD fora dos Estados Unidos como o Moebius, Alberto Breccia, HugoPratt, Alfonso Font, Carlos Gimenez e muitos, muitos outros. Você realmente pode aprender ao estudar os nomes que enumerei. E desenhar durante toda a vida, também ajuda, claro!

SWCP: Qual foi o seu primeiro trabalho como ilustrador?

B.J: A minha primeira ilustração independente foi aos 16 anos de idade para um jornal de entretenimento local chamado 'The Aardvark'.Foi uma ilustração para a capa que apresentou o personagem da DC Comics 'The Swamp Thing'que tal como o primeiro filme com o mesmo nome, estava a estrear nessa altura.

SWCP: Desenhar para filmes, sempre foi um desejo seu desde a sua infância?

B.J: O meu irmão e eu sempre desenhamos desde muito jovens. Originalmente como criança, sempre quis ser um artista de livros de BD.Foi uma obsessão minha, então quando surgiu Star Wars, eu e o meu irmão gémeo, quisemos fazer filmes também. Fizemos os nossos próprios filmes super8 que animamos e fizemos os efeitos especiais. Examinamos toda 'a Arte de Star Wars ´e 'a criação de ' livros desse tipo e descobrimos o Ralph McQuarrie, Joe Johnston, Ron Cobb e Nilo Rodis. Aprendemos que antes de filmarem algo, eles desenharam tudo numa forma parecida com uma BD, primeiro. Apercebemo-nos que isso não era muito diferente do que o que tínhamos produzido em casa. Portanto o storyboarding cresceu depois do meu amor inicial pela BD.

SWCP: Que mensagem gostaria de enviar aos fãs de Star Wars?

B.J: Espero que os filmes de Star Wars inspirem a vossa criatividade até mesmo além do universo de Star Wars. Criem algo próprio e sigam os vossos sonhos!

English Version:

Benton Jew is an Asian-American illustrator/comic artist who has worked for ILM for 13 years as a visual effects art director in several movies.

SWCP: You´ve worked for ILM for 13 years, doing art for several films. Could you tell us a bit more about your work on Star Wars: Episode I?

B.J: It was an incredible experience. The hype and anticipation of new Star Wars movies was huge at the time. I'd been waiting for this to happen since I was a kid. When Doug Chiang asked me to work on Phantom Menace, I knew it would be different than how I would work at ILM. I would be helping to storyboard the ENTIRE movie, not just visual effects. It was a thrill for me not only because I was fulfilling a childhood dream of working on a STAR WARS movie, but because I was now going to be able play with fight scenes, or dramatic scenes, and other things that I don't normally do at ILM. So I was glad ILM was willing to "loan" me to JAK at Lucasfilms to work on the preproduction of Star Wars Episode I: The Phantom Menace. Unlike other films I'd worked on, no one on the art crew actually had a copy of the script. George would read us a few pages every week and we would generate storyboards through our notes and rough thumbnails. We would pin up the boards for George to review and we would refine them further based on his comments. We generated tons of boards. Some sequences we did several iterations of. I was really pleased that one of the sequences I would be working on would be the final Darth Maul/ Jedi fight.

Being a big fan of Hong Kong martial arts films, I was happy to hear that the fights were moving in that faster, more flamboyant direction. Working on the Maul/Jedi fight was a lot of fun for me personally. It was also a chance to work directly with George. It was great to see how a project of this magnitude was put together. I got to work with some of the best artists in the business doing some of their best work.

SWCP: Which tools of work do you use?

B.J: When I worked on Episode I, I just used a simple #HB pencil and paper to do storyboards. I still use traditional materials sometimes, but more often than not, I am drawing digitally on my Cintiq. I use Manga Studio and /or Photoshop, mainly.

SWCP: What are the most influences in your art?

B.J: Well, growing up on Star Wars, of course Ralph McQuarrie and Joe Johnston were big influences. My main influences were comic’s books, which was my first love. I was a big fan of Alex Toth, John Buscema, Neal Adams, Gene Colan, Joe Kubert. I was also a big fan of the great newspaper strip artists like Alex Raymond, Frank Robbins, Milton Caniff, Stan Drake, and Leonard Starr. I am also very much influenced by the great illustrators, particularly during the "Golden Age of Illustration" like Robert Fawcett, Albert Dorne, J.C. Leyendecker, Norman Rockwell, Noel Sickles. I also love some of the great comic artist outside the U.S. like Moebius, Alberto Breccia, HugoPratt, Alfonso Font, Carlos Gimenez and many, many others. You can really learn a lot from studying from the names I listed above. And drawing from life helps, of course!

SWCP: What was your first work as an illustrator?

B.J: My very first freelance illustration assignment was at age 16 for a local entertainment newspaper called "The Aardvark". It was a cover illustration that featured the DC comic’s character, "The Swamp Thing", as the first Swamp Thing movie was opening around that time.

SWCP: Drawing for films, was always a wish of yours since childhood?

B.J: My brother and I had always drawn since we were very little. Originally as a kid, I wanted to be a comic book artist. It was an obsession with me, then Star Wars happened, and my twin brother and I wanted to make movies as well. We made our own little super-8 movies that we animated and did special effects for. We looked through all the "Art of Star Wars" and "making of" type books and discovered Ralph McQuarrie, Joe Johnston, Ron Cobb, Nilo Rodis. We learned that before they shot anything, they drew everything out in a comic-like form first. We realized that this was not that different than the homemade comics we were already producing on our own. So the storyboarding grew out of my initial love of comics.

SWCP: What message would you like to leave for the fans of Star Wars?

B.J: I hope the Star Wars movies inspire your creativity even beyond the Star Wars universe. Create something of your own and follow through with your dreams!



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