quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Entrevistas SWCP: Patricia McKenzie

Patricia McKenzie (P.M) é uma atriz multi-disciplinada que domina vários idiomas. É ainda cantora e dançarina profissional. Foi nomeada para um Gemini (Emmys canadianos).
SWCP: Fala fluentemente vários idiomas. Sabe falar português?
P.M: Há muitos anos atrás fui à ilha da Madeira e desenvolvi um gosto pelo vinho do Porto, assim como a esperança de que um dia entenderia Português. Sou fluente em Inglês e Francês, e posso conversar em italiano e espanhol, por isso imaginei que aprender outra língua românica seria fácil. Eu tinha começado a estudar português uma vez, enquanto me preparava para uma viagem ao Brasil, mas a viagem não chegou a acontecer e embora o português soe muito bem, foi mais difícil de aprender do que tinha imaginado, portanto neste ponto, tudo que sei dizer são as frases básicas de turística como: "Olá, muito prazer. Poderia falar um pouco mais devagar, por favor?" O que amo sobre a aprendizagem de novas línguas é que elas me dão um entendimento maior sobre as culturas e aumentam a minha tolerância em relação às diferenças.
Quando tento reproduzir os sons de outra língua, tudo se modifica em mim, o meu ritmo, a minha cadência, a forma que a minha boca toma, o corpo inteiro sente-se diferente. Dá-me uma empatia e uma consciência de que sou influenciada pelo que me rodeia de modo a ser única, mas a minha humanidade básica é a mesma de qualquer outra pessoa.
SWCP: Desempenhou o papel da Kenda Hays em "Cosmopolis", um filme realizado pelo David Cronenberg. Pode falar-nos um pouco mais sobre o seu personagem?
P.M: A Kendra é uma exibicionista que gosta de dominar a situação, usando o sexo como uma arma. Ela é contratada como guarda-costas e rapidamente começa a interessar-se pelo Eric Packer, que é interpretado pelo Robert Pattinson. Todas as mulheres em Cosmopolis acham-no irresistível e a Kendra não é exceção. O Robert Patttinson é muito carismático, portanto não foi um papel difícil de desempenhar. Tal como o seu personagem, ele é também muito engraçado, inteligente e não se sente afetado pela sua riqueza, sendo por isso uma pessoa de quem é fácil gostar-se.
Para preparar-me para o papel, treinei boxe e combate corpo-a-corpo, mas as minhas cenas de luta foram planeadas num dia com enormes multidões e sequências complexas, portanto foi decidido que não seria crucial para a história ver o meu personagem lutar, e a ação foi cortada antes de começarem as filmagens. Fiquei desapontada, pois adoro cenas mais físicas, mas a minha completa fé no David Cronenberg como realizador põe-me à vontade com as situações que surgiram. A parte melhor, é que adorei tanto o meu treino de boxe que ainda continuo a treinar!
SWCP: Com três talentos artísticos: atriz, cantora e dançarina, já usou alguma vez estas três áreas juntas num só filme ou série?
P.M: Nos palcos fui muitas vezes convidada para cantar, dançar e atuar, porque fiz teatro musical durante muitos anos, com alguma notoriedade: o Rei Leão, O Corcunda de Notre-Dame e Chicago. Contudo, nos ecrãs, sonho ainda em fazer um projeto que me permita usar todos os meus talentos, em vez de somente uma coisa de cada vez. Alguns argumentos interessantes foram escritos para mim, e agora mesmo estou a ponderar eu própria a produção de alguns deles.
SWCP: Lançou um CD musical - “Letting go” - em abril. Que tipo de músicas podemos ouvir nesse CD?
P.M: Lancei 6 canções por enquanto, como um álbum demo. Agora, neste momento, estou focada em acabar um par de vídeos musicais. As pessoas descrevem o meu som como muito suave, sedoso, e “soulful”. É difícil qualificar exatamente a categoria em que a minha música se insere, mas o tom geral é uma vibração Chill Out. Uma viagem cheia de soul que evoca algumas das qualidades da Sade, Buda Bar, e Portishead. A música tem sido uma paixão minha, desde criança, mas eu não tinha ainda descoberto que podia escrever músicas e letras até há pouco tempo, e agora estou a ter um grande prazer nisso. Para mim, o canto é a mais nua das artes, a nossa alma é revelada e não há nada para ocultar, portanto para um artista, é uma coisa emocionante de se explorar.
SWCP: É nos filmes de ação que gosta mais de atuar?
P.M: Em tudo o que faço, gosto de ser desafiada. Naturalmente sou uma pessoa muito física e gosto de fazer as minhas próprias acrobacias, mas também gosto da profundidade dos papéis dramáticos e o desafio da comédia. A melhor coisa em atuar para mim é que cada novo personagem exige que eu aprenda algo novo: uma habilidade física, uma empatia emocional ou até um novo tipo de humor. O meu personagem em Cosmopolis era exibicionista, assim eu tive de combater a minha própria timidez natural e tornar-me numa pessoa que gosta de estar exposta, totalmente nua. Eu também gosto do desafio da variedade de projetos para os quais sou convidada. A atuação em inglês é muito diferente da atuação em francês, porque as culturas são tão diferentes e além disso a troca constante de auxílios entre as línguas e os estilos de rodagem obrigam-me a manter sempre na minha melhor forma física e mental.
SWCP: Que mensagem gostaria de enviar aos seus fãs?
P.M: Para os fãs de ficção científica que querem descobrir um programa escrito de forma inteligente, eu adoraria que vissem "Charlie Jade" uma série de televisão sobre universos paralelos que rodámos na maravilhosa África do Sul. Podem também ver-me num espantoso thriller chamado "Morre" sobre 6 participantes lançados à força num jogo de sorte entre a vida ou a morte. De acordo com a minha experiência até agora, os fãs de Ficção científica são os mais dedicados de todos, portanto agradeço-lhes por isso. É muito difícil produzir um filme ou série atualmente, pelo que se não tivermos os nossos fãs dedicados, não teremos nada.
Patricia McKenzie is a multi-disciplined actress, who masters several languages. She’s also a professional singer and dancer. She was nominated for the Gemini (Canadian Emmys).
SWCP: You fluently speak several languages. Do you speak Portuguese too?
P.M: Many years ago I went to Madeira and developed a taste for Port, and the hope that I would one day I would understand Portuguese. I'm fluent in English and French, and I can converse in Italian and Spanish, therefore I imagined learning another romance language would be a breeze. I had started to study Portuguese once, while preparing for a trip to Brazil, but the trip fell through and although Portuguese sounds beautiful, it was harder to learn than I anticipated, so at this point, all I can say are the basic tourist phrases like: "Olà, muito prazer. Poderia falar um pouco mais devagar, por favor?"
What I love about learning new languages is that it gives me an insight into culture and expands my tolerance for differences.
When I try to reproduce the sounds of another language, it changes everything in me, my rhythm, my cadence, the shape my mouth takes, whole body feels different. It gives me an empathy, and an awareness that I am influenced by my surroundings to be distinct, but my basic humanity is the same as anyone else's.
SWCP: You played the role of Kenda Hays in "Cosmopolis", a film by David Cronenberg. Could you tell us a little more about your character?
P.M: Kendra is an exhibitionist who likes to dominate a situation and uses sex as a weapon. She is hired as a bodyguard and quickly becomes a love interest of Eric Packer, played by Robert Pattinson. The women in Cosmopolis all find him irresistible and Kendra is no exception. Robert Patttinson is very charismatic so it wasn't a difficult role to play. Like his character, he is also very funny, intelligent and unaffected by his massive wealth so people are drawn to him.
To prepare for the role I trained in boxing and hand to hand combat, but my fight scenes were scheduled on a day with huge crowds and complex sequences, so it was decided that it wasn't crucial to the story line to see my character fighting, and the action was cut before we shot it. I was disappointed, as I love to get physical but my complete faith in David Cronenberg as a director put me at ease with the events as they unfolded. The upside, is that I loved my boxing training so much that I'm still doing it!
SWCP: With three artistic talents, have you already used these three areas together in the same movie or series?
P.M: On stage I have often been called on to sing, dance and act, because I did musical theatre for many years, notably, The Lion King, The Hunch-back of Notre-Dame and Chicago. However, on screen, I am still dreaming of doing a project that allows me to use all my talents, instead of just one thing at a time. There have been some interesting scripts written for me, and right now I am looking at producing a few of them myself.
SWCP: You released a music CD - "Letting Go" - in last April. What kind of music can we hear on this CD?
P.M: I released 6 songs so far, as a demo album, and I am focused on finishing a couple of the music videos right now. People describe my sound as very smooth, silky, and soulful. It's hard to quantify what exact category my music falls in, but the general tone is a chill out vibe. A soulful journey that evokes some Sade, Buddha Bar, Portishead qualities. Music has been a passion of mine, since I was a child, but I didn't discover I could write songs and lyrics until recently, and I am having a great time with it. To me, singing is the most naked of the arts, your soul is laid bare and there is nothing to hide behind, so for an artist, that is a thrilling thing to explore.
SWCP: Is it in action movies that you like the most to play?
P.M: Whatever I do, I love to be challenged. Naturally I am a very physical person and I like to do my own stunts, but I enjoy the depth of dramatic roles and the challenge of comedy as well. The best thing about acting for me it that every new character demands that I learn something new, either a physical skill, an emotional empathy or even a new type of humour. My character in Cosmopolis was an exhibitionist so I had to battle my own natural shyness and become a person who enjoyed being on display, fully naked. I also enjoy the challenge of the variety of projects I get cast in. Acting in English is very different than acting in French, because the cultures are so different and constantly switching gears between languages and filming styles really keeps me on my toes.
SWCP: Would you like to leave a message for your fans?
P.M: For sci-fi fans that want to discover a very intelligently written show, I would love you to check out "Charlie Jade" a TV series about parallel universes that we shot it in stunning South Africa. You can also see me in a beautifully shot Thriller called "Die" about 6 unwilling participants in a roulette game of life or death. It's been my experience so far, that Sci-Fi fans are the most dedicated of all, so I thank you for that. It is so hard to get a film or show produced nowadays so without our dedicated fans, we have nothing.

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