David
Collins trabalhou como diretor de som e designer na Lucas Arts até 2011 e na
Skywalker Sound (2000).
SWCP: Foi o
responsável pelo departamento de som/design e diretor de voz na divisão de
videojogos na Lucas Arts. Pode falar-nos um pouco acerca dessas funções que
desempenhou?
D.C: Olá, e
obrigado pela entrevista! Sim, estive na LucasArts durante mais de uma década,
trabalhando (literalmente) em dúzias de jogos de Star Wars. Eu diria que os
principais foram definitivamente Star Wars Republic Commando, Star Wars The
Force Unleashed, Star Wars Battlefront II, e os jogos da Lego Star Wars.
O meu
trabalho era maravilhosamente criativo, e tive o prazer de trabalhar com os
sons que o Ben Burt e o Matthew Wood tinham feito para os filmes de Star Wars. Aprendi
tanto numa idade ainda tão jovem … tinha apenas 24 anos de idade quando comecei
a trabalhar na LucasArts (e só tinha sido 23 quando comecei a minha primeira
etapa nesta área na Skywalker Sound em 1999). Fui muito afortunado por ter tido
estas oportunidades, e ter trabalhado com a marca Star Wars é uma das
satisfatórias experiências da minha carreira.
O design de
som era como inicialmente comecei. Com o passar dos anos progrediu, e a minha
experiência começou a desenvolver-se, tendo passado a ser diretor de voz.
Adorei trabalhar com outros atores. Até ao fim, eu fazia essas funções quase em
tempo integral, embora também projetasse e misturasse muitos trailers (The Old
Republic, Force Unleashed, etc.).
SWCP: Foi também a voz do Droid Proxy no videojogo Star Wars: The Force
Unleashed. Como acabou por fazer esse tipo de trabalho?
D.C: Boa pergunta! O que é interessante é que comecei a fazer antes,
Voz Off na LucasArts em 2000.Tudo começou com o que é chamado de vozes
"improvisadas”, que são registros usados para testar a escrita antes dos
atores e do elenco começarem a gravar. A gente fez caso das minhas realizações
vocais. As pessoas começaram a falar das minhas atuações vocais. Também comecei a fazer muitas vozes de criaturas e de
alienígenas. Mas a minha pausa nesse campo começou quando iniciei o meu trabalho
no jogo` KOTOR´ … o diretor de voz (que consequentemente ficou o meu chefe,
Darragh O’Farrell) ouviu-me a fazer a voz do Trandoshan,e achou que era tão
única que me incluiu no elenco de atores. Por volta da mesma altura, um
produtor ouviu o meu trabalho e mencionou que a sua esposa era um agente de
talentos. Dentro de um ano, tive um agente e passei a trabalhar em alguns
projetos da LucasArts.A partir daí, interpretei os Trandoshans em Kotor e em Republic
Commando, oficiais e pilotos em Battlefront e Empire at War, fiz registros de
linguagem inarticulada nos jogos Lego, e até interpretei o Nute Gunray no videojogo
do Episódio III.
O Proxy foi tipo o passo seguinte na evolução da minha carreira de ator
vocal, mas foi a primeira vez que interpretei um personagem principal de algo
significante da LucasArts. Não o fiz acontecer imediatamente, penso que começou
por compreender o personagem e criar uma atuação durante os ensaios para que a
produção e o elenco gostassem. O meu papel no projeto até certa altura, foi o
de ler todos os personagens que ainda não tinham sido vocalizados (inclusive
Vader, Bail Organa … até li sobre a Juno a certa altura através do Sam Witwer
na sua audição). Um dos personagens que li bastante (até depois das rodagens
terem começado) foi o Proxy. O elenco e a produção realmente corresponderam à
minha leitura.
O Sam e eu já eramos amigos há muitos, muitos anos (muito antes de ele
ter sido lançado como Starkiller em TFU), e ele juntamente com a Nathalie Cox e
a Adrienne Wilkinson,foram os grandes obreiros para que eu tivesse esse papel, que
riram e reagiram à minha atuação durante a nossa primeira leitura.
Tenho de dar o crédito ao Jason Osipa também, que imediatamente começou
a insistir comigo para desempenhar esse papel. Os produtores procuraram e
múltiplos círculos de audições foram mantidos, mas ninguém parecia
interpretá-lo do modo que foi escrito: O Proxy é perigoso, mas inocente. Eu
sempre senti que ele é um personagem único e maravilhoso nesse sentido. No fim,
eles sentiram que eu fui o melhor para o papel, e portanto fizeram alguns testes
de gravação e enfim, usaram a minha atuação.
SWCP: Foi um
dos anfitriões de três edições da Star Wars Celebration,incluindo a última até
agora. Terá as mesmas funções na SWC Europe II?
D.C: Certamente
espero assim! Nenhuma conversação oficial se realizou porque é demasiado
prematuro nas etapas de planeamento, mas a Lucasfilm sabe que estou
interessado. Fui convidado para ir à primeira Celebração na Europa em Londres
em 2007, mas a minha agenda de produção no jogo TFU estava muito preenchida no momento.
Fiquei triste por ter faltado! Espero ir a esta, assim como de encontrar mais
fãs europeus de Star Wars. Tenho ido à Alemanha várias vezes em trabalho, e
acho que é um belo país.
SWCP: Tem
algum personagem favorito de Star Wars?
D.C: Tradicionalmente,
os meus dois favoritos eram o Luke e o Han; adicionei-me ao último, e queria
ser tão fixe como ele. Adorei os caçadores de recompensas, adoro o Darth Maul …
mas uma das melhores experiências que tive durante todos estes anos foi o fato
de poder contribuir para novos personagens, e ajudar a criá-los. Além do Proxy,
estou extremamente orgulhoso do Delta Squad do Republic Commando. Adoro o Nym e
o planeta Lok dos Jogos Starfighter (o Haden Blackman criou aquele personagem)
e adoro todos os personagens do Force Unleashed (TFU).
SWCP: Após
ter deixado de trabalhar na LucasArts,tem tido mais algum trabalho relacionado
com Star Wars (além da SWCV)?
D.C: O
Matthew Wood disse-me recentemente que “Você nunca deixará a Lucasfilm.”Acho
que isso é verdade. E estou tão contente, porque sou agora um grande fã de Star
Wars mais do que alguma vez fui!
Desde a
saída da LucasArts em Janeiro de 2011,estou orgulhoso por ver dois projetos em
que trabalhei em parceria desde então: Lego Star Wars III, e Star Wars The Old
Republic. Também tive aparições regulares no Forcecast e no Clone Wars
roundtables. Na última temporada de férias, criei “uma cena eliminada” de Star
Wars Holiday Special que eu escrevi, produzi e executei. Foi uma cena que
apresentou o Han Solo e o Chewbacca. Foi apresentado no Forcecast, e levado ao
Kyle Newman que me fez uma audição como Han Solo num drama de rádio que ele
escreveu chamado Star Wars Smuggler’s Gambit.Apresentámo-lo ao vivo na
Celebração VI, e espero que seja lançado logo para que toda a gente o possa
ouvir!
SWCP: Que
mensagem gostaria de enviar aos fãs?
D.C: Obrigado
a todos pelo vosso carinho e apoio! Sinto-me abençoado por fazer parte da
comunidade de fãs de Star Wars. Realmente é uma família mundial. Espero ver
todos vós brevemente, e que a Força esteja convosco!
P.S(SWCP): Informamos que quando esta entrevista foi
efetuada, ainda não estava confirmada a presença do David na 2ª edição da SW
Celebration Europe.
English Version:
SWCP: You were the lead sound designer and voice director
with the videogames division at Lucas Arts. Could you tell us a bit more about
your work there?
D.C: Hello, and thanks for the interview! Yes, I was at
LucasArts for over a decade, working on (literally) dozens of Star Wars games.
I would say that the standouts were definitely Star Wars Republic Commando,
Star Wars The Force Unleashed, Star Wars Battlefront II and the Lego Star Wars
games. My job was wonderfully creative, and I had the pleasure of working with
(and trying to match) sounds that Ben Burtt and Matthew Wood had made for the
Star Wars
Films. I learned so much at such a young age… I was
only 24 when I started at LucasArts (and had only been 23 when I first started
on the Scoring Stage at Skywalker Sound back in 1999). I am very fortunate to
have had the opportunities that I’ve had, and working with the Star Wars
property is one of the most satisfying experiences of my career.
Sound Design was how I initially started. As the years
progressed, my acting background started to take over, and I began to voice
direct. I love working with other actors. Towards the end, I was doing it
almost full-time, although I designed and mixed a lot of trailers (The Old
Republic, Force Unleashed, etc).
SWCP: You were also the voice of PROXY the droid in
the videogame Star Wars: The Force Unleashed. How did you come to work on this
area?
D.C: Great question! What’s interesting is that I
started doing Voiceover at LucasArts almost immediately back in 2000. It
started with what are called “scratch” voices, which are recordings used to
test the script before the actors were cast and recorded. People took notice of
my vocal performances. I also started doing a lot of creature and alien voices.
But my break came while working on KOTOR… the voice director (who eventually
became my boss, Darragh O’Farrell) heard me do a Trandoshan, and thought it was
so unique that he got me into the actor’s union because he wanted to use it.
Around that same time, a producer heard my work and mentioned that his wife was
a talent agent. Within one year, I had an agent and was eligible to be in union
titles at LucasArts. From there, I ended up playing the
Trandoshans in Kotor and Republic Commando, playing
officers and pilots in Battlefront and
Empire at War, doing gibberish recordings for the Lego games, and even playing
Nute Gunray in the Episode III video game. PROXY is kind of the next step in
the evolution of my VO career, but it was the first time that I got to play a
main character of any significance for LucasArts. It didn’t happen instantly,
and I think it comes down to understanding the character and creating a
performance during rehearsals that the cast and crew liked.
My role on the project at one point was to read all characters
that had not yet been cast (including Vader, Bail Organa… I even read Juno at
one point across from Sam Witwer in his audition). One of the characters that I
read quite a bit (even after shooting had started) was PROXY. The cast and crew
really responded to my read.
Sam and I have been friends for many, many years (long
before he was cast as Starkiller in TFU), and he was a big part of getting me
that role, as were Nathalie Cox and Adrienne Wilkinson, who laughed and reacted
to my performance during our first table read. I have to give credit to Jason
Osipa as well, who instantly started pushing for me to play the role. The
producers took notice.
Multiple rounds of auditions were held, but nobody seemed
to play it the way it was written: PROXY is dangerous, but he’s innocent. I’ve
always felt that he is such a unique, wonderful character in this regard. In
the end, they felt that I was the best fit for the role, so they did a few test
recordings and ultimately used my performance.
SWCP: You have been the host at Star Wars Celebrations
IV,V and VI.Will you have the same functions at Star Wars Celebration Europe
II?
D.C: I certainly hope so! No official conversations
have taken place because it’s too early in the planning stages, but Lucasfilm
knows I’m interested. I was invited to go the first Celebration Europe in
London back in 2007, but my production schedule on Force Unleashed 1 was too
demanding at the time. Still sad I missed it! I’m hoping to make this one, as I
really would love to meet more European Star Wars fans. I’ve been to Germany
several times for work purposes, and it’s such a beautiful country.
SWCP: Do you have a favorite character of Star Wars?
D.C: Traditionally, my two favorites were Luke and Han;
I related to the former, and wanted to be as cool as the latter. I loved the
bounty hunters, I love Darth Maul… but one of the greatest experiences I’ve had
over the years was contributing to new characters, and helping to create them.
Beyond PROXY, I am extremely proud of Delta Squad from Republic Commando. I
love Nym and the planet Lok from the Starfighter Games (Haden Blackman created
that character), and I love all of the characters from the Force Unleashed
series.
SWCP: After have stopped working in LucasArts and
Skywalker Sound, have you been having from that time, any kind of work related
to Star Wars? (Excluding SW Celebrations)
D.C: Matthew Wood said to me recently that “You never
leave Lucasfilm.” I’ve found that to be true. And I’m so glad, because I’m a
bigger Star Wars fan now than I ever have been! Since leaving LucasArts in
January of 2011, I’ve been proud to see two projects that I worked on ship
since then: Lego Star Wars III, and Star Wars The
Old Republic. I also have made regular appearances on
the Forcecast and the Clone Wars roundtables.
Last Holiday season, I created a “deleted scene” from
the Star Wars Holiday special that I wrote, produced and performed. This was a
scene that featured Han Solo and Chewbacca. It was played on the Forcecast, and
led to Kyle Newman casting me as Han in a radio drama he wrote called Star Wars
Smuggler’s Gambit. We performed it live at Celebration VI, and I hope it’s
released soon so that everyone can here it!
SWCP: What message would you like to leave for your
fans?
D.C: Thank you for all of the love and support! I feel
blessed to be part of the Star Wars fan community…. It truly is a world-wide
family. I hope to see everyone soon, and May the Force Be With You!
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