O ator e
músico americano Sam Witwer,participou em diversas séries televisivas e filmes,
bem como na série animada (CGI) Star Wars: Clone Wars, onde foi a voz dos
personagens: Darth Maul,Weequay,The Son e Mandalorian Super Commando.No vídeo
jogo Star Wars: The Force Unleahed,Witwer foi o modelo para o personagem
Starkiller.
SWCP:
Fale-nos um pouco dos papéis que interpretou na série Star Wars: The Clone
Wars.
S.W: Bem,
tudo começou com uma chamada enigmática da Lucasfilm. Eu já tinha trabalhado
com eles no popular vídeo jogo Star Wars:The Force Unleashed, portanto
tornei-me num novo membro da família. Eles perguntaram-me se gostaria de
participar em SW:Clone Wars. Eu disse que sim. Então eles responderam:
“Ok,ótimo!Temos um papel realmente fixe para ti." Respondi:” Êh, eu já
disse que sim!"Esperava desempenhar um pequeno papel. Três linhas e
terminava.
Bem, depois
de alguns testes, “Tivemos realmente este papel fixe “‘comecei a suspeitar que
talvez estivesse destinado para mim. Posteriormente, compareci à sessão de
gravações onde me foi logo dito que eu iria encarnar o Lado Negro da Força em
três episódios que se chamariam mais tarde `A Trilogia Mortis´.
Fiquei
um bocado atordoado. "Vou interpretar o Lado Escuro?" E Dave Filoni disse:
“Claro que sim, é essa a ideia". Respondi: “Vou estragar isto tudo... E se
eu o fizer, milhões de fãs ficarão a odiar-me!" E o Dave disse: “Bem-vindo
ao meu mundo, companheiro!" E portanto começamos a gravar. Fiquei um
bocado inseguro sobre a minha voz. Receava que o Filho de Mortis fosse soar
demasiado ao Starkiller (Force Unleashed). Exprimi essa preocupação ao Dave que
respondeu:
"Bem,
olha. Se ele soar um pouco ao Starkiller, isso é bom, porque o Starkiller teve
uma ligação ao Lado Negro e este personagem é precisamente o Lado Negro.
"Isto foi simplesmente um caminho inteligente de um diretor para acalmar
os medos de um ator, e fiquei consciente disso, mas acabei por ficar a pensar
na natureza do papel. Se calha bem ouvir a voz do Starkiller no `The Son´ (O
Filho) por causa da ligação ao Lado Negro, e se este personagem é de fato o Lado
Negro, então não se deveria ouvir pequenas partes de CADA vilão de Star Wars na
sua voz? Poucos tons de voz do Vader, Dooku,Maul e Sidious em momentos
diferentes? Portanto no dia seguinte, comecei a experimentar isso. Depois de um
certo tempo, o Dave interrompeu a sessão.
"Eh
Witwer."
"Sim
Dave?"
"Sei o
que você está fazendo."
“Sim...
Uh... Devo fazê-lo menos?"
"Faça-o
mais."
E foi
realmente assim como aquele personagem nasceu. E perto do fim da nossa terceira
sessão, o Dave deu a entender que poderia haver algo mais para mim “durante o
resto do trajeto”. Fiquei quase com a certeza de que iria interpretar depois
algum caçador de recompensas ou algo parecido, mas um ano depois, recebi uma
chamada enquanto conduzia até à casa do Struzan:
"Eh
Sam."
"Eh
Dave."
"Preciso
do Darth Maul. Você pode fazer isto?"
A resposta é, porque para os Sith, até uma existência miserável é preferível a NENHUMA existência. É por isso que o Vader não pode conhecer o significado do que o Obi-Wan lhe disse "Se você me derrubar, ficarei mais poderoso do que você pode possivelmente imaginar. "Como uma metáfora, Obi-Wan está a dizer "já alcancei o meu
objetivo e
inspirei a geração seguinte, e isso é o poder."Como uma história literal,
Obi Wan está dizendo, "Há algo mais além da morte." Ambos os pontos
são impossíveis de imaginar para um Lorde Sith. Eles são simplesmente auto
absorvidos e obcecados para ver outras possibilidades. O personagem Darth Maul foi tudo
sobre a exploração desses temas... E foi o divertido trabalhar naquela história
do começo ao fim. Sabíamos que a cada episódio, a natureza do personagem se
modificaria. Acrescentaríamos elementos. Acrescentaríamos a astúcia. Acrescentaríamos
o intelecto. Acrescentaríamos um torcido sentido de humor. Mas o livro que
termina tudo isso, foi esta noção da clemência e como o vimos no primeiro
episódio, ele está zombando do conceito da clemência... E no último episódio,
ele está PEDINDO a mesma clemência.
Foi muito
divertido!
SWCP: Além
de ser a voz do Darth Maul nessa série, foi também a voz desse mesmo personagem
no vídeo jogo Lego Star Wars:The Empire Strikes Out.Que diferenças nota mais na
sua performance entre estes dois trabalhos?
S.W: Bem um
foi tudo o que descrevi na primeira pergunta. O outro foi o Darth Maul ter
encontrado o estilo do Keanu Reaves...Bill e o Ted. Adoro esses filmes animados
da Lego. Penso que eles são muito engraçados e bem-feitos. Foi formidável exercitar
alguns “músculos comediantes” e usar alguma improvisação. A canção 'I'm so
awesome' foi algo que o Guy Vasilovich
(diretor) o Michael Price (o escritor) e eu, idealizamos na sala.
SWCP: E já que estamos a falar de videojogos, inevitavelmente temos de salientar o seu personagem(Starkiller) em Star
Wars:The
Force Unleashed.Que características quer salientar sobre o aprendiz secreto de
Darth Vader?
S.W: O
principal objetivo desse personagem foi o de contar uma história sobre um homem
jovem que foi essencialmente o lado negativo do Luke Skywalker.Aproveitamos as
mesmas notas temáticas dos filmes de Star Wars, mas vistas de um ponto de vista
ligeiramente mais moderno e cínico. Não porque pensamos que isto é como Star
Wars deveria ser feito, mas porque apenas não tinha sido feito ainda nada
assim. Vou falar das
nossas intenções:Star Wars surgiu nos anos 70. Isto foi numa época de grande cinismo
para os Americanos. E tanto como o Watergate o Vietnam e várias outras coisas
que vieram a público, não sei se os anos 70 tiveram uma máquina de meios de
comunicação tão penetrante e insidiosa. Oh, penso que certamente tiveram algo
do género, mas o que temos atualmente é muito mais poderoso. A nossa máquina de
meios de comunicação é de tal maneira intrusa e distrativa e de vez em quando bastante
imoral. Portanto como cidadãos, temos consciência de que nem tudo o que o nosso
país faz é correto ou moral. Não ficamos contentes com isso, contudo, esta
máquina de meios de comunicação serve para distrair e confundir-nos. Não
sabemos quem escutar, o que é importante, ou o que não é. Tudo que temos é esta
doentia de sensação dentro de nós que sugere que estejamos constantemente a ser
enganados.
Bem, isto é o Starkiller. O Luke Skywalker foi criado
num ambiente de amor caseiro - um inocente, com sonhos, falhas, e ambições, e ele
seguiu a sua viagem de heróis. O Starkiller é uma criança de um pai único e abusivo
em casa, que trabalhou para um governo corrupto, é induzido a muita propaganda,
e fazer o que lhe dizem. E não é até à metade da história que ele
realmente
aprende porque lhe mentiram durante a sua vida inteira. O resto da história é
sobre a redenção de como este personagem lutou para redescobrir a sua própria
inocência, acabar com todas as asneiras, e emergir para o outro lado num território
moral e heroico compartilhado por Luke Skywalker. Isto foi o que tentámos
fazer. Sinto-me contente
por dizer que me têm perguntado constantemente sobre o Starkiller desde que
lançamos o jogo há quatro ou cinco anos atrás. Realmente espero que signifique
que as pessoas se relacionem com os níveis que esperávamos. E quanto divertido
tem sido o de ser reconhecido na rua por ser este personagem. Tive muita sorte
em estar envolvido. Tenho de agradecer ao David Collins (Proxy) e ao Haden
Blackman (Escritor/líder do projeto) por est oportunidade que me foi concedida.Oh,tenho
de salientar o seguinte: O Haden ganhou o prémio de melhor argumento. Aquele
homem é muito talentoso.
SWCP: É
também membro da banda musical ´The Crashtones´.Pode falar-nos um pouco sobre
esse grupo?
S.W: Talvez
deva deixar os próprios Crashtones a falarem sobre a banda em: http: // www.cdbaby.com/cd/crashtones .Vocês também podem encontrar-nos no
Itunes. Prometo que haverá um segundo álbum. Apenas tenho estado um bocado
ocupado com a série `Being Human´.
SWCP: Tem
desempenhado vários papéis em séries de culto como Dexter,Smallville,The
Walking Dead,CSI,etc.Que tipo de personagens gosta mais de interpretar?
S.W: Tudo o que seja difícil de fazer. Eu gosto de papéis que me assustam. `Being Human´assustou-me, porque enquanto eu sei
como
desempenhar papéis dramáticos, e sei como fazer o público chorar por exemplo,
não sou especialista em como fazê-lo rir. `Being Human´ foi um desafio porque é
um drama que necessita que o interpretamos realisticamente ao mesmo tempo que o
fazemos parecer também engraçado. Ser engraçado enquanto somos grandes e
ridículos é fácil. Ser engraçado a toda a hora enquanto atuamos, é um caminho
mais desafiante e foi algo que eu não sabia como fazer antes de trabalhar em
`Being Human´.
SWCP: Que
mensagem quer enviar aos seus fãs?
S.W: Sinto-me
realmente agradecido e humilde a toda a gente que me tem seguido e apoiado de
papel em papel. Tem feito uma diferença tremenda na minha carreira porque os
estúdios gostam de atores que têm sua própria legião de fãs. Assim sendo,
obrigado. Vocês facilitam-me "pôr a comida na mesa".
ENGLISH VERSION:
Sam Witwer is an American actor and musician, who have
been working in several films and series. He was also the voices of Darth
Maul,Weequay,The Son and Mandalorian Super Commando on the animated (CGI)
series Star Wars: Clone Wars and also played the role of Darth Vader´s secret
apprentice in the video game Star Wars: The Force Unleashed.
SWCP: Please, tell us a bit more about your roles on
Star Wars: Clone Wars.
S.W: Well, it all started with an enigmatic call from
Lucasfilm. I had already been working with them on the successful Star Wars: The
Force Unleashed so I was a new member of the family. They asked me if I'd like
to be involved in the Clone Wars. I said yes. They then replied with, "Ok,
great, we have a really cool role for you." I responded with, "Hey, I
already said yes." --I fully expected I'd play some bit part. Three lines and
out.
Well, after a few rounds of, "We have this really
cool role" I started to suspect that maybe they meant it. Next thing I
know, I show up to the record-session having just recently been told that I am
to play the living embodiment of the Dark Side of the Force in three episodes
that would later be called The Mortis Trilogy.
... I was a bit stunned.
"I'm playing the Dark Side?"
And Dave Filoni says, "Sure. Yeah, that's the
idea"
"I'm gonna blow this... and if I do, millions of
fans will hate me."
And Dave says, "Welcome to my world, pal."
And so we started recording. Part way into this, I
became a bit insecure about my voice. I was afraid that The Son of Mortis was
going to sound too much like Starkiller. I voiced this concern to Dave who
responded with "Well, look. If he sounds a bit like Starkiller, that's ok,
because Starkiller had a connection to the Dark Side and this character IS the
Dark Side."
This simply was a clever way for a director to allay
the fears of an actor, and I was aware of that, but it got me thinking about
the nature of the role. If it's ok to hear Starkiller's voice in The Son because
of the Dark Side connection, and if this character is indeed the Dark Side,
then shouldn't we hear little pieces of EVERY Star Wars villain in his voice?
Little touches of Vader, Dooku, Maul and Sidious at different moments? So I
showed up the next day and started experimenting with this. After a bit, Dave
stopped the session.
"Hey Witwer."
"Yeah Dave?"
"I know what you're doing."
"Yeah... uh... should I do it less?"
"Do it more."
And that was really how that character was born. And
near the end of our third session, Dave expressed that there might be something
for me "down the road". I was sure he meant I'd play some bounty
hunter or something, but a year later I got the following call while driving to
Drew Struzan's house.
"Hey Sam."
"Hey Dave."
"I need Darth Maul. Can you do that?"
"Sure. No problem."
That's how it went. I said, "Sure. No problem." ... but my inner monologue was more along lines of, "Are you crazy?! I have no idea if I can do that!”... But my wiser self recognized that he's the director/showrunner, and he needs a guy to come in with confidence and competence, so I choked down my panic and attempted as much confidence as I could muster. The Maul role was fantastic for the high concept growth of the character and the thematic nature of the dark side. This was George Lucas cracking it open and laying it bear for all of us to see. The dark side. Entirely unfiltered. Portrayed as madness and insanity. I thought it was quite brilliant, this story about a man who was literally half the man he used to be, crawling through filth and garbage until madness took hold, and because of his intense, mystical connection to the dark side, the garbage and debris around him slowly began to gather about him, cling to him as he crawled, and after 10 years this garbage grew into these awful spider legs. Extensions of the dark side and his own self hatred. That's pretty intense stuff. And it began conversations about the nature of the Dark Side as it pertained to preserving damaged and dying individuals. Anakin on Mustafar. Maul in the pit. It was all the same thing. These Sith what they have with great jealously and without logic or reason. Vader lives a tortured existence in that suit, and one might ask why he doesn't just let himself die. The answer is because for the Sith, even a miserable existence is preferable to NO existence. It's why Vader can't conceive of what Obi Wan means when he says, "If you strike me down, I shall
become more powerful than you can possibly
imagine." As a metaphor, Obi Wan is saying, "I've already served my
purpose and inspired the next generation, and that's power." As a literal
story point, Obi Wan is saying, "And there is more beyond death."
Both of these points are impossible to imagine for a Sith Lord. They're simply
too self absorbed and obsessed to see other possibilities. The Maul character
was all about exploring these themes... And boy it was fun to craft that story from
beginning to end. We knew that every episode, the nature of the character would
change. We'd add elements as he continued on. We'd add cunning. We'd add
intellect. We'd add a twisted sense of humor. But book ending all of this was
this notion of mercy and how in the first episode we see him, he's mocking the
concept of mercy... and the last episode we see him, he's BEGGING for the same
mercy. It was a lot of fun.
SWCP: Besides being the voice of Darth Maul in these
series, you were also the voice of the same character in the video game Lego
Star Wars: The Empire Strikes Out. Which differences do you note more between
these two works in your performance?
S.W: Well, one was all the stuff I wrote above. The
other was Darth Maul meets Keanu Reeves... Bill and Ted style. I love those
Lego animated films. I think they're very funny and well done. It was great to
exercise some comedic muscles and get down with some improve. The "I'm so
awesome" singing was something that Guy Vasilovich (director) and Michael
Price (writer) and I came up with in the room.
SWCP: And since we are talking about video games, inevitably, we have to ask you something about Darth Vader´s secret
apprentice on Star Wars: The Force Unleashed. Which
characteristics do you point out in this character?
S.W: The entire point of that character was to tell a story about a young man who was essentially the photo negative of Luke Skywalker. We endeavored to hit the same thematic notes of the Star Wars movies but see it from a slightly more modern and cynical viewpoint. Not because we think that's the way Star Wars should be done, but because it just hadn't been done like that yet. I'll speak about our intentions. Star Wars. It happened in the 70s. This was a time of great cynicism for Americans. And as much as Watergate and Vietnam and various things wore on the public, I don't know that the 70s had such a pervasive and insidious media machine. Oh, I think they certainly had one, but the one we have these days is far more powerful and adept at filling the airwaves with white-noise. Our media machine is entirely obtrusive and distracting and at times quite amoral. So we as citizens have awareness that not everything our country does is correct or moral. We're not happy about this, however, this media machine serves to distract and confuse us. We don't know who to listen to, what's important, what's not. All we have is this sickening feeling inside us that suggests that we are being constantly lied to. Well, that's Starkiller.
Luke Skywalker was from a loving home - an innocent, with dreams, flaws, and ambitions, and he went on his heroes journey. Starkiller is a kid from an abusive single parent home, works for a corrupt government, is fed heaping amounts of propaganda, and does what he's told. ... And it isn't until half way through the story that he really learns that he's been lied to his whole life. The rest of the story is about redemption as this character fights to rediscover his own innocence, shed all the bullshit, and emerge
on the other side in a moral and heroic territory
shared by Luke Skywalker.
That's what we were trying to do. I'm happy to say that I've been
constantly asked all about Starkiller since we released the game four or five
years ago. I do hope that means people related on the levels we hoped they'd
relate to. And how much fun it is to be recognized on the street for this
character. I was very lucky to be involved. I have David Collins (Proxy) and
Haden Blackman (Writer/Project Lead) to thank. Oh, it should be noted, Haden
won a writer's guild award for the script. That man is talented.
SWCP: You are also member of the band `The
Crashtones´.Could you tell us more about this band?
S.W: Perhaps I should let The Crashtones tell you
about themselves: http://www.cdbaby.com/cd/crashtones .You
can also find us on ITunes. I promise there will be a second album. It's just
I've been a bit busy with `Being Human´.
SWCP: You have been playing several roles in cult
series such as: Smallville, Dexter, The Walking Dead, among others. Which type
of roles do you like working more?
S.W: Anything that's hard to do. I like roles that
scare me. Being Human scared me, because while I know how to play dramatic
roles, and I know how to make an audience cry for example, I was not as versed
on how to make them laugh. Being Human has been a challenge because it's a drama
that requires that we play it entirely realistically while at the same time
making it funny. Being funny while being big and ridiculous is easy. Being
funny while playing it totally straight is way more challenging and it was
something I didn't know how to do before Being Human.
S.W: I am truly grateful and humbled that people seem
to follow and support me from role to role. It has made a tremendous difference
in my career because studios like actors who have their own independent fan
base. So thank you. You make it easier for me to put food on the table.
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