Simon
Frankel é um ator e dobrador português nascido na Austrália,sendo também
formador de teatro,TV,Cinema e publicidade.Frankel interpreta o papel do Ezra
na versão portuguesa da série de animação em CGI,Star Wars Rebels.
SWCP: Fale-nos
um pouco sobre o seu personagem (Ezra) na série de animação da Disney,Star Wars
Rebels.
S.F: O Ezra
Bridger é um jovem rapaz oriundo de Lothal que cresceu como órfão, vivendo do
que roubava, mentindo
e enganando.Devido a uma série de peripécias, é acolhido por um grupo rebelde e
vê-se numa luta titânica contra as forças de um Império opressor. Torna-se
padawan do Jedi Kanan e fascina-se na descoberta da Força e de uma nova família
que o ajudará a crescer, como Jedi e como pessoa. Debate-se com as questões que
afligem a maior parte dos adolescentes na relação com os outros e com o mundo
que o rodeia, estranho e hostil. É um personagem muito desafiante de
interpretar devido à enorme complexidade humana e níveis subtis de emoção que transparecem
em cada episódio, a cada fala.
SWCP: Já era
fã de Star Wars antes de aceitar este papel?
S.F: Desde
que me lembro que sou fã da Saga. Não posso dizer que seja um "Die Hard
Fan", mas uma das memórias felizes que tenho da minha infância é sentar-me
no sofá ao lado do meu pai a ver os VHS dos episódios IV, V e VI. Confesso que
os primeiros três demoraram um bocado mais a entranhar. Agora tenho vontade de
rever tudo.
SWCP: Tem
algum personagem favorito da saga Star Wars?
S.F: Não
posso dizer que tenha um personagem preferido... Há várias que me cativam como
o Yoda ou o Jabba the Hutt (o original controlado por três actores), mas
parece-me que em termos de profundidade e evolução, o Imperador Palpatine chama
muito a atenção, nem que seja pela sua brilhante interpretação.
SWCP: Curiosamente,a
sua esposa a Joana Sapinho(da qual já entrevistámos): http://swccpt.blogspot.pt/2014/12/entrevistas-swcp-joana-sapinho.html também faz parte do elenco desta
série,onde interpreta a Hera.Como foi contracenar com ela?Ensaiavam também em
casa?
S.F: Ficámos
muito contentes quando fomos ambos escolhidos para entrar na série e fomos
investigar sobre as personagens e a relação entre elas. Nunca ensaiámos em
casa, principalmente pelo facto de não termos acesso nem a imagem nem a textos
antes de entrarmos em estúdio... o secretismo é muito! Gosto sempre de ouvir a
riqueza do timbre da voz da Joana em dobragens e para mim é uma sorte e um
privilégio poder trabalhar com ela. Principalmente porque ao fim do dia, sou eu
que a levo para casa.
SWCP: Formou-se
como ator na Escola Superior de Teatro e Cinema.Como foi essa experiência?
S.F: A
importância da formação é fulcral para qualquer profissão, seja a nível
técnico-profissional, superior, ou pela experiência de trabalho. Estarei sempre
grato à ESTC por tudo o que recebi e aprendi e foi uma experiência de
deslumbramento por uma realidade que desconhecia por completo. Como um percurso
para ser actor não é, nem pode ser, um fim. É sim, um início de uma
aprendizagem. Como em qualquer profissão, devemos sempre procurar
actualizar-nos, aprender mais, estudar e questionar. Para fazer dobragens, acho
a formação e/ou experiência como actor essencial.
Por isso, gosto mais da expressão
Actor de Dobragem ou Actor Dobrador, do que só Dobrador. Porque não basta
"acertar nas bocas". Neste sentido, gosto sempre de relevar a
importância do director de dobragens, que, por vezes tomando decisões difíceis,
puxa pelo actor e o defende, defendendo o projecto e enaltecendo o trabalho
final.
SWCP: Que
mensagem quer enviar aos fãs desta série?
S.F: Que vos
dê tanto gozo ver como a nós nos deu e dá fazer.
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