Este é um
texto copiado na íntegra e traduzido para português que o nosso membro
honorário, Roger Christian( realizador,designer de produção e óscarizado pela
academia pelo seu trabalho em Star Wars.Episódio IV) nos enviou sobre o
falecimento da saudosa Carrie Fisher:
Pediram-me
na Televisão e na rádio para dar a minha opinião sobre a Carrie Fisher e este
ano tremendamente devastador de perdas. Conheci a Carrie quando estava a falar
com o 4º diretor assistente Peter Kohn, nas escadas que davam acesso ao
escritório do George Lucas em Elstree. Tendo acabado de ver o George, Peter
reteve-me no caminho para me contar uma história engraçada e como estávamo-nos
a rir, uma voz timida perguntou: "Estão-se a rir de mim" Eu virei-me
para ver se alguém estava a falar a sério, e vi uma jovem diante de mim que
tinha um chapéu com flores ao redor da aba que o puxou para baixo na tentativa
de se esconder sob um longo vestido que a fazia sentri que ele estava dizendo
que eu não estava ali.“Não estamos a rirmo-nos de si” (respondi)” O Peter
estava a contar-me uma história engraçada". Apresentei-me e perguntei se a
poderia ajudar.
Ela disse
"Eu sou a Carrie Fisher,e estou aqui para interpretar a Princesa
Leia."Eu e o Peter dissemos: "Bem-vinda a Star Wars e vamos levá-la
ao George". Expliquei-lhe que o
Peter estava lá para cuidar dos actores.
Eu nunca vou
esquecer o momento e da forma bastante
indicativa da Carrie que conhecemos sobre o primeiro filme. Ela era
intensamente privada e guardava tudo para si. Ela criou grandes ligações com o
Harrison, Mark e George e logo saiu da casca quando estava com eles nos
cenários, compartilhando momentos engraçados, mantendo uma leveza em relação ao
caos negativo em torno da produção do filme.Ela ficou colada ao seu papel e fez
cada cena memorável e para mim ela foi a primeira heroína de ficção científica,
interpretando uma princesa resoluta e isto é a Leia. Ela abraçou não o biquíni
metálico, mas a Leia acorrentada ao Jabba. Eu estava a dirigir a 2ª unidade em
´O Regresso de Jedi´ e parte da cena em que ela aparecia. Ela nunca realmente
abraçou a ideia de ser vista como um símbolo sexual, isso simplesmente a
deixava perplexa.
A Carrie possuía uma
inteligência e sagacidade profunda que saiu na sua escrita, na qual ela foi
hábil e dedicada. Uma cena que eu dirigi em `A Ameaça Fantasma´ testemunha o
seu talento. Eu filmei o momento quando o R2D2 encontra o C3P0 pela primeira
vez na saga neste processo em que o Anakin ainda não tinha construído o C3PO na
totalidade o R2D2 apita e o C3P0 diz:
"Nu, o que você quer
dizer nu?".
O R2D2 apita novamente e
um chocado C3P0 diz:
"As minhas peças
estão à mostra... Oh"!
Foi a Carrie que escreveu
essa pequena cena que o George não creditou e a Carrie foi tão pungente e
espirituosa, era uma alegria para o filme.
A Carrie foi uma voz
honesta e feroz contra o estigma que cerca a saúde mental, quando realmente não
era elegante e nunca tinha medo de falar de si própria passou a lidar com isso
e ajudou os outros,quer fosse um fã desconhecido
ou conhecido.O seu legado é naturalmente a princesa Leia, e ela nunca recuou,
dizendo que o pequeno filme de ficção científica que ela fez para se divertir,
enganou-a e transformou-a numa estrela global.Com um grande ego e sempre
presente para os amigos e as pessoas com necessidades, o mundo perdeu um
tesouro.
Para mim se a realeza
realmente existisse em Hollywood a Carrie faria parte dela. Infelizmente
perdida.
IN ENGLISH:
This is a text copied verbatim and translated into
Portuguese that our Honorary Member, Roger Christian (Director, production
designer and Award-winning by the
Academy for his work in Star Wars Episode IV ...) sent us about the death of
the late Carrie Fisher:
I have been asked on television and radio to give my
thoughts on Carrie Fisher and this tremendously devastating year of loss. I
first met Carrie when I was speaking with 4th assistant director Peter Kohn on
the stairs leading to George’s office in Elstree. Having just seen George,
Peter stopped me on my way out to tell me a funny story and as we were laughing
a vice timidly asked "are you laughing at me" I turned to see the
question was serious, the young woman standing before me had a hat with flowers
around the brim pulled down in an attempt to hide under and a long flowing dress
that also felt like it was saying I'm not really here.
"No we aren't laughing at you, I replied, Peter
here was telling me a funny story. I introduced myself and asked if I could
help. She said "I'm Carrie Fisher, here to play Princess Leia."
We both said welcome to Star Wars and we will take you
to George. I explained to her that Peter
was there to look after the actors.
I'll never forget the moment and in a way it was quite
indicative of the Carrie we knew on that first film. She was intensely private,
and did keep herself to herself. She bonded with Harrison, Mark and George, and
soon came out of her shell when with them on set, sharing funny moments, keeping a levity to the negative chaos
surrounding the making of the film.
She got stuck in and made each scene memorable, and to
me she was the first science fiction heroine played as a feisty princess and
this is the Leia she embraced, not the bikini clad Leia chained to Jabba. I was
directing 2nd Unit on Return of the Jedi and filmed part of the scene with her
there. She never really embraced being seen as a sex symbol, it simply baffled
her and wasn’t what she was ever aware of.
Carrie possessed an intelligence and deep wit that
came out in her writing, at which she was skillful and dedicated. A scene I
directed in Phantom Menace stands testament to her talent. I filmed the moment
when R2D2 meets C3P0 for the very first time in the saga. C3P0 is in the
process of being made by Anakin and doesn't yet have his gold outer skin built.
R2D2 beeps at him and C3P0 says
"naked, what do you mean naked".
R2D2 beeps again
and a shocked C3P0 says
" my parts are showing...Oh"!
Carrie wrote this little scene for George uncredited,
and its so poignant and witty, was a joy to film and its all Carrie.
Carrie was a fiercely honest voice against the stigma
surrounding mental health when it was really not fashionable to be so, and
never afraid to speak of her own travails in dealing with it and helping
others, whether an unknown fan or acquaintance. Her legacy is of course
Princess Leia, and she never shied from it, saying the little science fiction
film she made for fun, tricked her into being a global star. Egoless and always
there for friends and people in need, the world has lost a treasure far too young.
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