Entrevistas SWCP: Brian Price

Brain Alexander Prince é um ator e duplo que tem participado em diversos filmes e séries televisivas como: The Predator(2018),Black Panther,Captain America,The Walking Dead,entre outros.

SWCP: Encarnou o papel do Predador(2018).Fale-nos um pouco sobre o seu trabalho neste filme.

B.A.P: Muita coisa para contar.Ha!Ha!(Risos).Encarnei o personagem conhecido como o "Predador Fugitivo". Foi uma experiência intensa, fisicamente, mentalmente e emocionalmente, e eu estou tão orgulhoso por ter deixado o meu selo sobre a história desta franquia. Sou um tipo com bom físico então escolheram-me baseando-se nas minhas capacidades físicas e na minha altura. Posso ser grande, mas sou bastante ágil para o meu tamanho.Também (juntamente com o Kyle Strauts) desempenhei o papel de um dos " Predadores Emissários" que infelizmente foram cortadas essas cenas na versão final do filme. Gostei muito desse personagem porque pude interagir com ambos "Os loucos" e o Predador do kyle. Talvez um dia possamos ver essa cena cortada do filme.

SWCP: Deve ser muito duro fisicamente usar a máscara e o traje desse personagem.Quais foram as maiores dificuldades que sentiu nesse aspecto?

B.A.P: Como você está certo. As principais dificuldades foram o peso, ventilação, visão e temperatura. Uma coisa que muitas pessoas realmente não consideram sobre o fato, é que mesmo quando estamos parados,continuamos a trabalhar.Acho que o fato pesava cerca de 32 quilos e quando tinha de me movimentar era ainda mais difícil.A máscara tinha alguns buracos para a ventilação... mas quando eu começava a correr, era definitivamente um desafio para expulsar o ar e levar oxigénio. Com a máscara da "mandíbula", não foi tão difícil de ver (os olhos da máscara eram os meus), mas com a máscara de combate,às vezes era impossível.As lentes tendiam a enevoar-se muito rapidamente, então tive que fazer o meu melhor e planear a maioria dos meus movimentos antes de colocar a máscara. Porque o traje era essencialmente uma luva gigante, tornava-se muito, muito quente, o que me levava a suar bastante,e por conseguinte,a ficar mais pesado. Estou muito grato por ter uma equipa que cuidou de mim, sem eles não teria sido capaz de actuar assim.

SWCP: Foi duplo na icónica série televisiva,The Walking Dead.Como foi essa experiência?

B.A.P: Só trabalhei um dia naquela série, mas foi definitivamente uma das minhas experiências favoritas. Tecnicamente não fui duplo de ninguém, mas interpretei o papel de um Walker individual que tinha unhas no rosto.A maquilhagem levou cerca de duas horas e foi incrível ver o Gino Crognale (O meu maquilhador) transformar-me num zombie aterrorizante. Foi primeira vez que usei lentes de contato, que acabou por acontecer muito no Predador.Levei um tiro na cabeça e caí em cima de algumas pedras da estrada de ferro, mas o chão estava previamente acolchoado para eu não me aleijar quando caísse.A minha parte favorita naquele dia, foi ter compartilhando um trailer com o Max Calder, um dedicado duplo e grande amigo.O Max foi a primeira pessoa com quem fiz Parkour ... e foi um grande momento vendo onde nossas vidas foram-se encontrar depois de tantos anos. Adoraria a oportunidade de encarnar novamente um Walker.

SWCP: Praticou Parkour durante 10 anos.Durante esse tempo,teve algum acidente grave que lhe causasse ferimentos?

B.A.P: Eu amo Parkour, mas mais do que a atividade em si,adoro o que fez para mim mentalmente. Eu costumava ser uma pessoa muito descoordenada e com falta de confiança.O Parkour ajudou-me a tornar forte, confiante e capaz de olhar para os problemas do ponto de vista de resolvê-los em vez de me preocupar com eles. Na última década do treinamento, os piores ferimentos que tive não foram nada mais do que hematomas e os ocasionais arranhões. Ao contrário dos desportos radicais,o Parkour é praticado de uma forma muito linear, o que permite às pessoas começar com pequenos movimentos e trabalhar á sua maneira até movimentos maiores. Muitos veem um atleta a dar um salto como imprudente, mas o que não veem são as centenas de tentativas e milhares de horas que eles passam em aprendizagem para saltar.

SWCP:É também artista de comics.Em que projetos está atualmente a trabalhar nesta área?

B.A.P: Tenho desenhado desde criança e graduei-me no Savannah College of Art e Design (Atlanta), onde estudei arte sequencial. Já fiz um punhado de ilustrações para a comunidade de Parkour, incluindo vários projetos de t´shirts para eventos, mas estou atualmente a escrever e a desenhar a minha própria novela gráfica. Algumas das minhas obras de arte podem ser vistas no meu website: www.thebaprince.com

SWCP: Que mensagem gostaria de enviar aos seus fãs?

B.A.P: Não acho que tenha fãs,então isso é uma loucura para mim pensar nisso.Ha!Ha!Acho que diria: Obrigado por apoiarem o meu trabalho, realmente significa muito para mim. Eu também quero encorajar as pessoas a celebrar as suas diferenças e assegurar-lhes que com o tempo, o esforço dedicado compensa. Nós vivemos num mundo onde as pessoas muitas vezes sentem uma pressão para se misturar e agir como todos os outros, mas por causa da minha altura e interesses, nunca fui capaz de fazer isso. Foi difícil no começo, mas acabei por obter sucessos mais tarde. Sobre a criatividade, às vezes, parece que não vamos a lugar nenhum, e vemos o que queremos ser contra quem somos agora. É preciso ter pessoas e diferentes quantidades de tempo, mas prometo que a paciência vale a pena. Obrigado a todos!
Sigam o meu twitter e Instagram @thebaprince para pensamentos e arte e:
@talltrainings para Parkour

 

ENGLISH VERSION: 

Brain Alexander Prince is an actor and stuntman who has participated in several films and television series like: The Predator (2018), Black Panther, Captain America, The Walking Dead, among others. 

SWCP: You played the role of Predator (2018). Tell us a little more about your work in this film.

B.A.P: A lot to tell.Ha!Ha! I played the character known as the “Fugitive Predator”. It was an intense experience physically, mentally and emotionally and I’m so proud to have gotten to leave a stamp on the franchise history. I’m a physical guy so they chose me based on my physical abilities and height. I may be large but I’m quite nimble for my height. I also (along with Kyle Strauts) played the role of one of the “Emissary Predators” that were unfortunately cut from the final version of the film. I really enjoyed that character because of getting to interact with both “The Loonies” and kyle’s Predator. Maybe one day we’ll get to see that footage.

SWCP: It must be very hard physically use the mask and that character's costume. What were the major difficulties that you felt?  

B.A.P: How right you are. The main difficulties were the weight, ventilation, vision and temperature. One thing many people don’t really consider about wearing the suit is that even while just standing still you were still working. I believe the suit weighed about 70 pounds and when having to be physical it was a work out. The mask did have some air holes but while running it was definitely a challenge to push out air and bring in oxygen. With the “mandible” face, it wasn’t too hard to see (those were my eyes) but with the battle mask, seeing was at times impossible. The goggles tended to fog up very quickly, so I had to do my best to plan out most of my movements before the mask went on. Because the suit was essentially a giant glove, it became very, very hot, which led to sweat, which led to more weight. I’m very thankful that I had the team looking out for me, without them I would not have been able to perform the way I did.

SWCP: You were a stunt double on the iconic television series, The Walking Dead. How it was that experience? 

B.A.P: I only worked for one day on that show but it was definitely one of my favorite experiences. Technically I didn’t double, but I played an individual walker that had nails in its face. Make-up took about two hours and it was awesome watching Gino Crognale (my makeup artist) transform me into a terrifying zombie. It was my first time wearing contacts, which ended up happening a lot on Predator. I got shot in the head and fell down on some rail road rocks but I was padded up and prepared for a beating so no harm was done. My favorite part of that day was sharing a trailer with Max Calder, a dedicated stunt Actor and great friend. Max was the first person I did Parkour with and it was such a great moment seeing where our lives had gotten to after so many years. Would love the chance to play a Walker again.

SWCP: You were a Parkour athlete during 10 years. During that time, did you have any kind of serious accident that caused injuries to yourself? 

B.A.P: I love Parkour, but more than the activity itself, I love what it’s done for me mentally. I used to be a very uncoordinated and unconfident person. Parkour helped me become strong, confident, and able to look at problems from the perspective of solving them instead of worrying about them. Over the last decade of training the worst injuries I’ve had were nothing more than bruises and the occasional scrape. Unlike extreme sports, Parkour is practiced in a very linear way that allows people to start small and work their way up to bigger movements. Many see an athlete doing a jump as reckless but what they don’t see are the hundreds of attempts and thousands of hours that they had put into learning that jump.

SWCP: You're also a comic’s artist. In which projects are you currently working in this area?  

B.A.P: I’ve been drawing since I was a kid and a graduate of the Savannah College of Art and Design (Atlanta) where I studied Sequential Art. I’ve done a handful of illustrations for the Parkour community including various shirt designs for events, but I’m currently writing and drawing my own graphic novel. Some of my artwork can be seen on my website: www.thebaprince.com

SWCP: What message would you like to send to your fans? 

B.A.P: I don’t think I’ve ever had fans before so that’s kind of crazy for me to think about haha. I guess I’d first say, thanks for supporting me and my work, it really means a lot to me. I also want to encourage people to celebrate their differences and ensure them that with time, dedicated effort pays off. We live in a world where people often feel a pressure to blend in and act like everyone else, but because of my height and interests, i was never able to do that. It was hard at first, but owning who I am ended up leading to many successes later down the road. Regarding creativity, sometimes it feels like we’re not going anywhere, and we see who we want to be vs who we are now. It takes different people different amounts of time, but I promise the patience is worth it. Thank you all! 

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